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1.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 14, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1058887

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To characterize complementary feeding and to analyze the influence of individual and contextual factors on dietary practices of low birth weight infants. METHODS This cross-sectional study included 2,370 low birth weight infants aged 6 to 12 months included in the Breastfeeding Prevalence Survey in Brazilian Municipalities (2008), which covered the 26 state capitals, the Federal District and 37 municipalities. Dietary practices were assessed using two indicators: I) dietary diversity, characterized by the consumption of five food groups: meat, beans, vegetables, fruit and milk; II) consumption of ultra-processed foods, characterized by the ingestion of at least one of the following foods on the day prior to the survey: soda, or processed juice, or cookie, cracker and crisps. The covariates of interest were the socioeconomic characteristics of infants, mothers and health services. The contextual factor was the "municipal prevalence of child undernutrition." The individualized effect of the study factors on outcomes was assessed by multilevel Poisson regression. RESULTS Approximately 59% of infants consumed ultra-processed foods, while 29% had diverse feeding. Mothers living in municipalities with child undernutrition prevalence below 10%, with higher education and working outside the home were more likely to offer dietary diversity. Consumption of ultra-processed foods was higher among infants living in municipalities with child undernutrition prevalence below 10%, whose mothers were younger and multiparous. CONCLUSIONS The low prevalence of diverse feeding combined with the high prevalence of ultra-processed food consumption characterizes the low quality of feeding of low birth weight Brazilian infants. Individual and contextual factors impact the feeding quality of this population, suggesting the need for effective strategies to increase the consumption of fresh and minimally processed foods and decrease the consumption of ultra-processed foods by this vulnerable population.


RESUMO OBJETIVO Caracterizar a alimentação complementar e analisar a influência de fatores individuais e contextuais sobre práticas alimentares de lactentes que nasceram com baixo peso. MÉTODOS Este estudo transversal incluiu 2.370 lactentes nascidos com baixo peso e com idade entre 6 e 12 meses incluídos na Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno em Municípios Brasileiros (2008), que abrangeu as 26 capitais, o Distrito Federal e mais 37 municípios. As práticas alimentares foram avaliadas usando dois indicadores: i) diversidade alimentar, caracterizada pelo consumo dos cinco grupos alimentares: carnes, feijão, legumes e verduras, frutas e leite; ii) consumo de alimentos ultraprocessados, caracterizado pela ingestão de pelo menos um dos seguintes alimentos no dia anterior à pesquisa: refrigerante, ou suco industrializado, ou bolacha, biscoito e salgadinho. As covariáveis de interesse corresponderam às características socioeconômicas, dos lactentes, das mães e dos serviços de saúde. O fator contextual foi a "prevalência municipal de desnutrição infantil". O efeito individualizado dos fatores de estudo sobre os desfechos foi avaliado mediante regressão de Poisson com estrutura multinível. RESULTADOS Aproximadamente 59% dos lactentes consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 29% apresentaram diversidade alimentar. Mães que residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, com maior nível de escolaridade e que trabalhavam fora de casa foram mais propensas a oferecer diversidade alimentar. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entre lactentes residentes em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, cujas mães eram mais jovens e multíparas. CONCLUSÕES A baixa prevalência de alimentação diversa aliada à alta prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados caracteriza a baixa qualidade da alimentação dos lactentes brasileiros com baixo peso ao nascer. Fatores individuais e contextuais impactam a qualidade da alimentação dessa população, sugerindo a necessidade de adoção de estratégias eficazes para aumentar o consumo de alimentos in natura e minimamente processados e diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados por esta população vulnerável.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Recém-Nascido de Baixo Peso , Comportamento Alimentar , Alimentos Infantis/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Inquéritos sobre Dietas , Estudos Transversais , Laticínios , Alimentos Infantis/classificação , Alimentos Infantis/efeitos adversos , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição do Lactente
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(8): e00124618, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019615

RESUMO

Resumo: Objetivou-se avaliar os fatores associados ao aleitamento materno exclusivo (AME) em lactentes com baixo peso ao nascer, menores de seis meses e residentes em 64 municípios brasileiros. Este estudo transversal incluiu os 2.745 lactentes com baixo peso ao nascer menores de seis meses da Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno (2008) em municípios brasileiros. O desfecho foi "AME". Os determinantes individuais corresponderam às características socioeconômicas dos lactentes (idade; sexo), das mães (faixa etária; situação de trabalho; paridade) e dos serviços de saúde (nascimento em Hospital Amigo da Criança; local de acompanhamento ambulatorial; tipo de parto). Dois determinantes contextuais foram incluídos: "número de bancos de leite humano por município por 10 mil nascidos vivos", e "IDH do município". O efeito individualizado do fator de estudo sobre o desfecho foi avaliado mediante regressão de Poisson com estrutura multinível, considerando-se associação significante quando p < 5%. O AME foi mais prevalente entre lactentes com baixo peso ao nascer cujas mães tinham de 20-35 anos, não trabalhavam fora ou estavam em licença maternidade; nos que nasceram em Hospital Amigo da Criança e que residiam em municípios com maior número de bancos de leite humano por 10 mil nascidos vivos. O resultado do efeito positivo e independente de estratégias que já integram a Política Nacional de Aleitamento Materno (nascer em Hospital Amigo da Criança, residir em município com maior disponibilidade de bancos de leite humano e adotar leis que garantam a licença maternidade) sobre o AME em lactentes com baixo peso ao nascer, aponta para a necessidade de expansão da cobertura dessas ações com vistas ao cumprimento das metas de aleitamento propostas pela Organização Mundial da Saúde.


Abstract: The study aimed to assess factors associated with exclusive breastfeeding in low birthweight infants under six months of age in 64 Brazilian municipalities. This cross-sectional study included the 2,745 low birth weight infants under six months of age in the Survey on Prevalence of Breastfeeding (2008) in Brazilian municipalities. The outcome was exclusive breastfeeding. Individual determinants included socioeconomic characteristics (infants' age and sex), maternal characteristics (age bracket, work status, and parity), and characteristics of health services (birth in a Child-Friendly Hospital; place of outpatient follow-up; type of delivery). Two contextual determinants were also included: "number of Human Milk Banks per municipality per 10,000 live births" and "municipal human development index". The individualized effect of the study factor on the outcome was assessed by multilevel Poisson regression with level of significance under 5%. Exclusive Breastfeeding was more prevalent in low birth weight infants whose mothers were 20-35 years of age, who were not working away from home or were on maternity leave, who had given birth in a Child-Friendly Hospital, and who lived in municipalities with more human milk banks per 10,000 live births. The result of the positive and independent effect of strategies that were already part of the National Breastfeeding Policy (birth in a Child-Friendly Hospital, living in a municipality with more human milk banks, and adopting laws that guarantee maternity leave) on exclusive breastfeeding in low birth weight infants points to the need to expand the coverage of these measures in order to meet the breastfeeding targets proposed by the World Health Organization.


Resumen: El objetivo fue evaluar los factores asociados a la lactancia materna exclusiva en lactantes con bajo peso al nacer menores de seis meses, residentes en 64 municipios brasileños. Este estudio transversal incluyó a los 2.745 lactantes con bajo peso al nacer, menores de seis meses, de la Encuesta de Prevalencia de Lactancia Materna (2008) en municipios Brasileños. El desenlace fue "lactancia materna exclusiva". Los determinantes individuales correspondieron a las características socioeconómicas de los lactantes (edad; sexo), de las madres (franja etaria; situación laboral; igualdad) y de los servicios de salud (nacimiento en un Hospital Amigo da Criança; lugar de seguimiento ambulatorio; tipo de parto). Se incluyeron dos determinantes contextuales: "número de bancos de leche humana por municipio por 10 mil nacidos vivos", e "IDH del municipio". El efecto individualizado del factor de estudio sobre el desenlace fue evaluado mediante regresión de Poisson con estructura multinivel, considerándose una asociación significante cuando p < 5%. El lactancia materna exclusiva fue más prevalente entre lactantes con bajo peso al nacer, cuyas madres tenían de 20-35 años, no trabajaban fuera o estaban con licencia de maternidad; en quienes nacieron en un Hospital Amigo da Criança y que residían en municipios con mayor número de bancos de leche humana por 10 mil nacidos vivos. El resultado del efecto positivo e independiente de estrategias, que ya integran la Política Nacional de Lactancia Materna (nacer en Hospital Amigo da Criança, residir en municipio con mayor disponibilidad de bancos de leche humana y adoptar leyes que garanticen la baja por maternidad), sobre el lactancia materna exclusiva en lactantes con bajo peso al nacer, apunta la necesidad de expansión de la cobertura de esas acciones con vistas al cumplimiento de las metas de lactancia propuestas por la Organización Mundial de la Salud.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Adulto , Adulto Jovem , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Recém-Nascido de Baixo Peso , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(12): e00127815, 2016. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-828401

RESUMO

Este estudo objetivou identificar a prevalência de inadequação da ingestão, por trimestre, de cálcio e vitamina D, em duas coortes de gestantes e fatores correlacionados a esta ingestão. Foram coletados dois recordatórios alimentares de 24 horas em cada trimestre, um relativo a final de semana. Variáveis com correlação significativa com a ingestão desses nutrientes foram incluídas em modelo de regressão linear multivariada, com ajuste por energia. A frequência de inadequação foi estimada pelo método do National Cancer Institute (Estados Unidos). Na coorte A, a inadequação da ingestão de vitamina D não diferiu entre os trimestres; na B, houve redução: 99,7% no 1º para 97,1% no 3º trimestre. Nas coortes A e B, a inadequação da ingestão de cálcio esteve acima de 70%, caindo discretamente do 1º (89,2% e 81,4%) para o 2º (79,7 e 69,1%) e 3º trimestres (82,7% e 72,6%). Não houve correlação entre as variáveis maternas e a ingestão desses micronutrientes. Conclui-se que há um quadro grave de inadequação da ingestão de vitamina D e cálcio, homogeneamente distribuído entre as gestantes assistidas na rede básica de saúde.


This study aimed to identify the prevalence of inadequate calcium and vitamin D dietary intake and related factors in two cohorts of pregnant women according to trimester of pregnancy. Two 24-hour dietary recall tests were taken in each trimester, one pertaining to weekends. Variables significantly correlated with intake of these nutrients were included in a multivariate linear regression model, adjusted for energy. Prevalence of inadequate intake was estimated according to the National Cancer Institute method (United States). In cohort A, inadequate vitamin D did not differ between trimesters; in B there was a reduction: from 99.7% in the first trimester to 97.1% in the third. In cohorts A and B, inadequate calcium intake exceeded 70%, falling slightly from the first (89.2% and 81.4%) to the second (79.7% and 69.1%) and third trimesters (82.7% and 72.6%). There was no correlation between maternal variables and the intake of these micronutrients. In conclusion, intake of vitamin D and calcium is seriously inadequate and distributed homogeneously among pregnant women in the primary healthcare network.


Este estudio tuvo como objetivo identificar la prevalencia de inadecuación en la ingestión, por trimestre, de calcio y vitamina D, en dos cohortes de gestantes, además de los factores correlacionados con esta ingestión. Se recogieron dos recordatorios alimentarios de 24 horas durante cada trimestre, uno de ellos relativo al fin de semana. Se incluyeron variables en correlación significativa con la ingestión de esos nutrientes, en el modelo de regresión lineal multivariante, con ajuste por energía. La frecuencia de inadecuación fue estimada por el método del National Cancer Institute (Estados Unidos). En la cohorte A, la inadecuación de la ingestión de vitamina D no difirió entre los trimestres; en la B, hubo reducción: un 99,7% durante el 1º, frente a un 97,1% en el 3º trimestre. En las cohortes A y B, la inadecuación en la ingestión de calcio estuvo por encima de un 70%, cayendo discretamente del 1º (89,2% y 81,4%), al 2º (79,7 y 69,1%) y 3º trimestres (82,7% e 72,6%). No hubo correlación entre las variables maternas y la ingestión de esos micronutrientes. Se concluye que existe un cuadro grave de inadecuación en la ingestión de vitamina D y calcio, homogéneamente distribuido entre las gestantes asistidas por la red básica de salud.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Vitamina D/administração & dosagem , Ingestão de Energia , Cálcio da Dieta/administração & dosagem , Comportamento Alimentar , Paridade , Trimestres da Gravidez , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Registros de Dieta , Estado Nutricional , Prevalência , Estudos Prospectivos
4.
Rev. panam. salud pública ; 37(4/5): 337-342, abr.-may. 2015. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-752663

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a influência da história reprodutiva sobre a prevalência de obesidade em mulheres brasileiras e o possível efeito modificador de variáveis socioeconômicas sobre a associação entre paridade e excesso de peso. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo, foram analisados os dados de 11 961 mulheres de 20 a 49 anos que participaram da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde 2006, inquérito que utilizou amostragem complexa representativa de mulheres em idade reprodutiva. A associação entre o fator de estudo (paridade) e o desfecho (obesidade) foi testada mediante análise de regressão logística. O efeito ajustado da paridade sobre a obesidade foi avaliado em modelo múltiplo contendo como variáveis de controle: idade, classes de poder aquisitivo conforme a classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), anos de estudo e assistência à saúde. Foram considerados significativos valores de P inferiores a 0,05. RESULTADOS: A prevalência de obesidade na população do estudo foi de 18,6%. O efeito da paridade sobre a obesidade foi significativo (P de tendência < 0,001). Na análise bruta, a paridade e a idade mostraram associação positiva com a obesidade. A variável classe de poder aquisitivo apresentou uma razão de chances significativa de obesidade apenas na análise bruta. No modelo ajustado, essa variável não foi significativa para explicar a obesidade. CONCLUSÕES: Os achados deste trabalho sugerem que a paridade exerce influência sobre a obesidade nas mulheres brasileiras em idade reprodutiva, sendo mais prevalente entre as mulheres que possuem filhos do que entre as nulíparas.


OBJECTIVE: To determine the influence of reproductive history on the prevalence of obesity in Brazilian women and the possible modifying effect of socioeconomic variables on the association between parity and excess weight. METHODS: A retrospective analysis of complex sample data collected as part of the 2006 Brazilian National Survey on Demography and Health, which included a group representative of women of childbearing age in Brazil was conducted. The study included 11 961 women aged 20 to 49 years. The association between the study factor (parity) and the outcome of interest (obesity) was tested using logistic regression analysis. The adjusted effect of parity on obesity was assessed in a multiple regression model containing control variables: age, family purchasing power, as defined by the Brazilian Association of Research Enterprises (ABEP), schooling, and health care. Significance level was set at below 0.05. RESULTS: The prevalence of obesity in the study population was 18.6%. The effect of parity on obesity was significant (P for trend < 0.001). Unadjusted analysis showed a positive association of obesity with parity and age. Family purchase power had a significant odds ratio for obesity only in the unadjusted analysis. In the adjusted model, this variable did not explain obesity. CONCLUSIONS: The present findings suggest that parity has an influence on obesity in Brazilian women of childbearing age, with higher prevalence in women vs. without children.


Assuntos
Humanos , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Obesidade , Brasil/epidemiologia
5.
Rev. saúde pública ; 48(4): 571-582, 08/2014. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, SES-SP | ID: lil-721034

RESUMO

OBJECTIVE To analyze the factors associated with the use of pacifiers and/or bottle feeding in infants aged under one year. METHODS This is a cross-sectional study with 34,366 children and using data from the database of the 2nd Nationwide Survey of Breastfeeding Prevalence performed in the Brazilian capitals and Federal District in 2008. Cluster sampling was used. The questionnaire included questions about the use of artificial nipples in the last 24 hours. The analysis considered three outcomes: exclusive use of pacifier, exclusive use of bottle feeding, and use of artificial nipples (pacifier and bottle feeding). Prevalence ratios were obtained using Poisson regression with robust variance following a hierarchical model. RESULTS The following factors were associated with exclusive use of the pacifier: mother working outside the home, primiparity, child was not breastfed within the first hour, and child had consumed tea on the first day at home. The following factors were associated with exclusive use of bottle feeding: mother working outside the home, primiparity, low birth weight, child not breastfed within the first hour, and child had consumed milk formula and tea on the first day at home. The following factors were associated with use of artificial nipples (pacifier and bottle feeding): mother working outside the home, primiparity, cesarean delivery, the male gender, low birth weight, born in a hospital not accredited as “baby friendly”, required health baby monitoring in the Primary Health Care Unit (PR = 0.91), and child had consumed milk formula, water, or tea on the first day at home. CONCLUSIONS This study identified profiles of exclusive users of pacifiers, bottle feeding, and both. The provided information can guide preventive practices for child health. .


OBJETIVO Analisar os fatores associados ao uso de chupeta e/ou mamadeira em lactentes menores de um ano. MÉTODOS Estudo transversal realizado com dados de 34.366 crianças obtidos da II Pesquisa Nacional de Prevalência de Aleitamento Materno, realizada em 2008, nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Foi utilizada amostragem por conglomerados e o questionário incluiu perguntas sobre o uso de bicos artificiais nas últimas 24h. Três desfechos foram considerados para a análise: uso exclusivo de chupeta, uso exclusivo de mamadeira e uso de bicos artificiais (chupeta e mamadeira). As razões de prevalência foram obtidas por regressão de Poisson com variância robusta seguindo modelo hierárquico. RESULTADOS Associaram-se ao uso exclusivo de chupeta: mãe trabalhar fora, primiparidade, não ter sido amamentado na primeira hora e uso do chá no primeiro dia em casa. Para uso exclusivo da mamadeira, foram identificados: mãe trabalhar fora, primiparidade, baixo peso ao nascer, não amamentado na primeira hora de vida, uso de fórmula e chá no primeiro dia em casa. O uso de bicos artificiais (chupeta e mamadeira) foi associado com trabalho materno fora do lar, primiparidade, parto cesárea, bebês do sexo masculino, baixo peso ao nascer, nascimento em um hospital não credenciado como “Amigo da Criança”, realizar o acompanhamento de saúde da criança em unidade básica de saúde (RP = 0,91), uso de fórmula, água e chá no primeiro dia em casa. CONCLUSÕES Este estudo encontrou perfis de usuários exclusivos de chupetas, mamadeiras e de ambos. Essas informações podem orientar as práticas preventivas para a saúde da criança. .


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Adulto Jovem , Alimentação com Mamadeira/estatística & dados numéricos , Chupetas/estatística & dados numéricos , Brasil , Aleitamento Materno , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
6.
Rev. saúde pública ; 47(3): 560-570, jun. 2013. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-690815

RESUMO

OBJETIVO: Estimar a prevalência da desnutrição infantil para os municípios brasileiros. MÉTODOS: Utilizou-se modelo de regressão logística multinível para estimar a probabilidade individual de desnutrição em 5.507 municípios brasileiros em 2006, em função de fatores preditivos agrupados segundo níveis hierárquicos. A variável resposta foi a desnutrição infantil (crianças de seis a 59 meses com estatura para idade e sexo inferior a -2 escores Z, segundo o padrão da Organização Mundial da Saúde). As variáveis preditivas foram determinantes da desnutrição aferidos de forma semelhante pela Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde-2006 e pela Amostra do Censo de 2000. No nível 1 (individual): sexo e idade; no nível 2 (domiciliar): variáveis socioeconômicas, água com canalização interna, área urbana ou rural; e no nível 3 (municipal): localização do município e cobertura da Estratégia Saúde da Família em 2006. RESULTADOS: Detectou-se elevação estatisticamente significativa da chance de desnutrição nas crianças do sexo masculino, que moravam em domicílios com duas ou mais pessoas por cômodo, pertencentes aos quintos inferiores do escore socioeconômico, com três ou mais crianças < 5 anos, que não dispunham de água encanada ou localizados na Região Norte. Verificou-se associação dose-resposta negativa entre a cobertura da Estratégia Saúde da Família e a chance de desnutrição (p = 0,007). Cobertura municipal da Estratégia Saúde da Família > 70% mostrou redução de 45% na chance de desnutrição infantil. Estimativas da prevalência de desnutrição infantil mostraram que a maioria ...


OBJETIVO: Estimar la prevalencia de la desnutrición infantil para los municipios brasileños MÉTODOS: Se utilizó modelo de regresión logística multinivel para estimar la probabilidad individual de desnutrición en 5.507 municipios brasileños en 2006, en función de factores predictivos agrupados según niveles jerárquicos. La variable respuesta fue la desnutrición infantil (niños de seis a 59 meses con estatura para edad y sexo inferior a -2 escores z, según el patrón de la Organización Mundial de la Salud). Las variables predictivas fueron determinantes de la desnutrición estimados de forma semejante por la Investigación Nacional sobre Demografía y Salud-2006 y por la muestra de censo de 2000. En el nivel 1 (individual): sexo y edad, en el nivel 2 (domiciliar): variables socioeconómicas, agua con tubería interna, área urbana o rural y en el nivel 3 (municipal): localización del municipio y cobertura de la Estrategia Salud de la Familia en 2006. RESULTADOS: Se detectó elevación estadísticamente significativa de la probabilidad de desnutrición en los niños del sexo masculino, que vivían en domicilios con dos o más personas por cuarto, pertenecientes a la quinta parte inferior del escore socioeconómica, con tres o más niños ˂ 5 años, que no disponían de agua en tuberías o localizados en Región Norte. Se verificó asociación dosis-respuesta negativa entre la cobertura de la Estrategia Salud de la Familia y la probabilidad de desnutrición (p=0,007). Cobertura municipal de Estrategia Salud de la Familia > 70% mostró reducción de 45% en la probabilidad de desnutrición infantil. Estimativas de prevalencia de desnutrición infantil mostraron que la mayoría de los municipios estudiados presentó riesgo de ...


OBJECTIVE: To estimate the prevalence of malnutrition in children for all Brazilian municipalities. METHODS: A multilevel logistic regression model was used to estimate the individual probability of malnutrition in 5,507 Brazilian municipalities in 2006, in terms of predictive factors grouped according to hierarchical levels. The response variable was child malnutrition (children aged from six to 59 months with height for age and sex below -2 z-scores, according to the World Health Organization standard). The predictive variables were determinants of malnutrition measured similarly by the National Demographics and Health Survey-2006 and the Sample from the 2000 Demographic Census. At level 1 (individual): sex and age, level 2 (household): socioeconomic variables, water and indoor plumbing, urban or rural area and level 3 (municipal): location of the municipality and coverage of the Family Health Strategy (FHS) in 2006. RESULTS: The study detected a statistically significant chance of malnutrition in male children, those living in households with two or more individuals per room, those belonging to the lowest quintiles of the socioeconomic score, those with three or more children under five in the household, those with no access to running water or located in the North. There was a negative dose-response association between FHS coverage and the chance of malnutrition (p = 0.007). FHS coverage in the municipality equal to or greater than 70% showed a 45% reduction in the chance of infant malnutrition. Estimates of the prevalence of child malnutrition show that most of the cities have the risk of malnutrition under control, very low or low. Risks of greater magnitude exist only in 158 municipalities in the North Region. CONCLUSIONS: Childhood malnutrition as a public health problem is concentrated in the cities of the North region, where FHS coverage is lower. A protective effect of FHS in relation to child malnutrition was ...


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Transtornos da Nutrição Infantil/epidemiologia , Programas de Rastreamento/métodos , Modelos Biológicos , Inquéritos Nutricionais/métodos , Brasil/epidemiologia , Saúde da Família , Programas Governamentais , Habitação/normas , Transtornos da Nutrição do Lactente/epidemiologia , Modelos Logísticos , Prevalência , Curva ROC , Fatores de Risco , Distribuição por Sexo , Fatores Socioeconômicos
7.
Estud. av ; 27(78): 36-49, 2013. ilus, tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-696222

RESUMO

O artigo pretente avaliar tendências da prevalência e da distribuição social da baixa estatura infantil no Brasil para calcular o efeito da renda e de políticas de redistribuição de serviços básicos implementadas recentemente no país. A prevalência de baixa estatura (escore z de altura para a idade abaixo de -2, utilizando-se os Padrões de Crescimento Infantil da Organização Mundial da Saúde) em crianças menores de cinco anos foi calculada a partir de dados coletados durante pesquisas domiciliares de abrangência nacional realizadas no Brasil em 1974-1975 (n = 34.409), 1989 (n = 7.374), 1996 (n = 4.149) e 2006û07 (n = 4.414). As desigualdades socioeconômicas absoluta e relativa na baixa estatura foram medidas através do coeficiente angular de desigualdade e do índice de concentração de desigualdade, respectivamente. Durante um período de 33 anos, documentamos um declínio constante na prevalência nacional de baixa estatura, de 37,1 por cento para 7,1 por cento. A prevalência diminuiu de 59,0 por cento para 11,2 por cento no quinto mais pobre e de 12,1 por cento para 3,3 por cento no quinto mais rico. O declínio foi particularmente acentuado nos dez últimos anos do período (1996 a 2007), quando as diferenças entre as famílias pobres e ricas que possuíam crianças menores de cinco anos também diminuíram em termos de poder aquisitivo; acesso a educação, assistência médica e serviços de água e saneamento;e indicadores de saúde reprodutiva. No Brasil, o desenvolvimento socioeconômico, aliado a políticas públicas visando à igualdade, tem sido acompanhados por significativas melhorias das condições de vida e por um declínio substancial da desnutrição infantil, assim como por uma redução da diferença de estado nutricional entre crianças nos quintos socioeconômicos mais altos e mais baixos. Estudos futuros mostrarão se esses ganhos serão mantidos durante a atual crise econômica global.


Assuntos
Masculino , Feminino , Criança , Humanos , Criança , Transtornos da Nutrição Infantil , Crescimento , Estado Nutricional , Política Pública , Fatores Socioeconômicos , Fatores Socioeconômicos , Acesso Universal aos Serviços de Saúde , Coleta de Dados , Interpretação Estatística de Dados , Indicadores Econômicos , Inquéritos e Questionários , Indicadores Sociais
8.
Rev. bras. geriatr. gerontol ; 15(1): 69-77, jan,-mar. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-639390

RESUMO

A segurança alimentar nos domicílios chefiados por idosos tem uma dimensão especial no que se refere às condições de saúde e bem-estar, uma vez que parece evidente a importância de garantir a este contingente populacional a possibilidade de continuar a contribuir na sociedade de forma ativa e produtiva. Objetivo: Determinar a prevalência de insegurança alimentar em domicílios cujos chefes são idosos, segundo características sociodemográficas. Métodos: Trata-se de estudo descritivo com domicílios cujos chefes têm 60 anos ou mais de idade declarada, selecionados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD 2004. Empregou-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, classificando-se os domicílios em segurança alimentar e insegurança alimentar leve, moderada e grave. A análise descritiva dos dados incluiu a distribuição de frequência dos domicílios de acordo com os níveis de insegurança alimentar nos estratos das variáveis sociodemográficas, levando-se em consideração o efeito do desenho. Resultados: O estudo mostrou que 29,8% dos domicílios se encontravam na condição de insegurança alimentar e que tal condição estava significativamente associada com regiões menos abastadas (Norte/Nordeste, rural), com os segmentos populacionais mais desfavorecidos (mais pobres e menos escolarizados) e, ainda com características de gênero (mulheres) e raciais (indígenas, pardos e pretos) as quais sabidamente ocupam os níveis inferiores da hierarquia social. Conclusão: A distribuição da insegurança alimentar em domicílios chefiados por idosos segue tendência similar dos domicílios brasileiros, ratificando a maior prevalência desta condição nos estratos socioeconômicos mais desfavorecidos da população ou entre características associadas à pobreza.


Assuntos
Idoso , Comportamento Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Idoso , Qualidade de Vida , Segurança Alimentar
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 16(10): 4067-4076, out. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608100

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a prevalência e analisar fatores associados ao retardo estatural em menores de cinco anos. MÉTODOS: Estudo "baseline", que analisou 2.040 crianças, verificando possíveis associações entre o retardo estatural (índice altura/idade < 2 escores Z) e variáveis hierarquizadas em seis blocos: socioeconômicas, do domicílio, do saneamento, maternas, biológicas e de acesso aos serviços de saúde. A análise multivariada foi realizada por regressão de Poisson, com opção de erro padrão robusto, obtendo-se as razões de prevalência ajustadas, com IC 95 por cento e respectivos valores de significância. RESULTADOS: Entre as variáveis não dicotômicas, houve associação positiva com o tipo de teto e o número de moradores por cômodo e associação negativa com renda, escolaridade da mãe e peso ao nascer. A análise ajustada indicou ainda como variáveis significantes: abastecimento de água, visita do agente comunitário de saúde, local do parto, internação por diarreia e internação por pneumonia. CONCLUSÃO: Os fatores identificados como de risco para o retardo estatural configuram a multicausalidade do problema, implicando na necessidade de intervenções multisetoriais e multiníveis para o seu controle.


The scope of this study was to describe the prevalence of, and analyze factors associated with, linear growth retardation in children. The baseline study analyzed 2040 children under the age of five, establishing a possible association between growth delay (height/age index < 2 scores Z) and variables in six hierarchical blocks: socio-economic, residence, sanitary, maternal, biological and healthcare access. Multivariate analysis was performed using Poisson regression with the robust standard error option, obtaining adjusted prevalence ratios with a CI of 95 percent and the respective significant probability values. Among non-binary variables, there was a positive association with roof type and number of inhabitants per room and a negative association with income per capita, mother's schooling and birth weight. The adjusted analysis also indicated water supply, visit from the community health agent, birth delivery location, internment for diarrhea, or for pneumonia and birth weight as significant variables. Several risk factors were identified for linear growth retardation pointing to the multi-causal aspects of the problem and highlighting the need for control measures by the various hierarchical government agents.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Transtornos do Crescimento/epidemiologia , Prevalência , Fatores Socioeconômicos
10.
Cad. saúde pública ; 26(8): 1595-1605, ago. 2010. graf, mapas, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-557074

RESUMO

Prevalence of severe food insecurity was estimated for Brazilian municipalities based on the 2004 National Household Sample Survey (PNAD). First, a logistic regression model was developed and tested with this database. The model was then applied to the 2000 census data, generating severe food insecurity estimates for the Brazilian municipalities, which were subsequently analyzed according to the proportion of families exposed to severe food insecurity. Severe food insecurity was mainly concentrated in the North and Northeast regions, where 46.1 percent and 65.3 percent of municipalities showed high prevalence of severe food insecurity, respectively. Most municipalities in the Central West region showed intermediate prevalence of severe food insecurity. There was wide intra-regional variation in severe food insecurity, while the South of Brazil showed the most uniform distribution. In conclusion, Brazil displays wide inter and intra-regional variations in the occurrence of severe food insecurity. Such variations should be identified and analyzed in order to plan appropriate public policies.


Estimou-se a prevalência de insegurança alimentar grave para os municípios brasileiros, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2004. Inicialmente, foi gerado e testado um modelo por regressão logística multivariada com base nesse banco de dados. O modelo foi aplicado à amostra do Censo Demográfico de 2000, gerando estimativas de prevalências de insegurança alimentar grave para os municípios brasileiros, que foram analisadas de acordo com o percentual de famílias em condição de insegurança alimentar grave. Essa insegurança alimentar está mais concentrada nas regiões Norte e Nordeste, onde 46,1 por cento e 65,3 por cento dos municípios, respectivamente, apresentam altas prevalências de insegurança alimentar grave. Predominam nas regiões Sudeste e Sul municípios com baixa exposição à insegurança alimentar grave. No Centro-oeste a maior parte dos municípios mostra estimativas de insegurança alimentar grave classificadas como médias. Verificou-se grande variação intra-regional na ocorrência da insegurança alimentar, sendo a Região Sul a mais uniforme. Conclui-se que o Brasil apresenta grandes variações inter e intra-regionais na ocorrência da insegurança alimentar, sendo importante realçá-las e analisá-las, no intuito de subsidiar políticas públicas.


Assuntos
Segurança Alimentar , Inquéritos Nutricionais , Vigilância Alimentar e Nutricional , Pesquisa , Brasil , Fome , Modelos Logísticos , Fatores Socioeconômicos
11.
Rev. saúde pública ; 44(1): 17-27, Feb. 2010. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-538142

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a variação temporal na prevalência de desnutrição infantil na região Nordeste do Brasil, em dois períodos sucessivos, identificando os principais fatores responsáveis pela evolução observada em cada período. MÉTODOS: Os dados analisados provêm de amostras probabilísticas da população de crianças menores de cinco anos estudadas por inquéritos domiciliares do programa Demographic Health Surveys realizados em 1986 (n=1.302), 1996 (n=1.108) e 2006 (n=950). A identificação dos fatores responsáveis pela variação na prevalência da desnutrição (altura para idade < -2 z) levou em conta mudanças na freqüência de cinco determinantes potenciais do estado nutricional, modelagens estatísticas da associação independente entre determinante e risco de desnutrição no início de cada período e cálculo de frações atribuíveis. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em um terço de 1986 a 1996 (de 33,9 por cento para 22,2 por cento) e em quase três quartos de 1996 a 2006 (de 22,2 por cento para 5,9 por cento). Melhorias na escolaridade materna e na disponibilidade de serviços de saneamento foram particularmente importantes para o declínio da desnutrição no primeiro período, enquanto no segundo período foram decisivos o aumento do poder aquisitivo das famílias mais pobres e, novamente, a melhoria da escolaridade materna. CONCLUSÕES: A aceleração do declínio da desnutrição do primeiro para o segundo período foi consistente com a aceleração de melhorias em escolaridadematerna, saneamento, assistência à saúde e antecedentes reprodutivos e,sobretudo, com o excepcional aumento do poder aquisitivo familiar, observadoapenas no segundo período. Mantida a taxa de declínio observada entre 1996e 2006, o problema da desnutrição infantil na região Nordeste poderia serconsiderado controlado em menos de dez anos. Para se chegar a este resultado será preciso manter o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e ...


OBJECTIVE: To describe changes in prevalence of child undernutrition in Northeastern Brazil in two successive time periods, dentifying, in each period, the major factors responsible for these changes. METHODS: Data analyzed are from probabilistic samples of underfi vesfrom three Demographic Health Surveys carried out in 1986 (n=1,302), 1996(n=1,108), and 2006 (n=950). Identifi cation of factors responsible for temporalchanges in child undernutrition (height-for-age below < -2 z) took into accounttime changes in fi ve potential determinants of child nutritional status, statisticalmodeling of the independent association between determinants and risk ofundernutrition, and calculation of attributable fractions.RESULTS: Prevalence of child undernutrition fell by one-third between 1986and 1996 (from 33.9% to 22.2%) and by almost three-quarters between 1996and 2006 (from 22.2% to 5.9%). Improvements in maternal schooling and inthe coverage of water and sewage services were particularly important for the decline in child undernutrition in the fi rst period, while increasing purchasing power of the poorest families and, again, maternal schooling were more relevant in the second period.CONCLUSIONS: The acceleration of the decline in child undernutrition between the two periods was consistent with accelerated improvement of maternal schooling, water supply and sewage, health care, and maternal reproductive antecedents, as well as with the outstanding increase in purchasing power among the poor during the second period. If the rate of decline in growth defi cits is kept at around the rate of the most recent period, child undernutrition will be controlled in the Brazilian Northeast in less than ten years. Achieving this will depend on sustaining the increase in purchasing power among the poor and on ensuring public investment in completing the universalization ofaccess to essential services such as education, health, and sanitation.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Inquéritos Epidemiológicos , Desnutrição/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Fatores Socioeconômicos
12.
Rev. saúde pública ; 44(1): 90-101, Feb. 2010. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-538150

RESUMO

OBJECTIVE: To investigate the relationship between physical activity during the second trimester pregnancy and low birth weight, preterm birth, and intrauterine growth restriction. METHODS: Case-control study including 273 low birth weight newborns and 546 controls carried out in the city of São Paulo, Southeastern Brazil, in 2005. Low birth weight cases were grouped into two subsamples: preterm birth (n=117) and intrauterine growth restriction (n=134), with their related controls. Information was collected by means of interviews with mothers shortly after birth and transcription of medical records. Data were analyzed using conditional multiple and hierarchical logistic regression. RESULTS: Light physical activity for over 7 hours per day was shown to be protective against low birth weight (adjusted OR=0.61; 95 percent CI 0.39-0.94) with a dose-response relationship (p-value for trend=0.026). A similar trend was found for intrauterine growth restriction (adjusted OR=0.51; 95 percent CI 0.26-0.97). Homemaking activities were associated as a protective factor for both low birth weight and preterm birth (p-value for trend=0.013 and 0.035, respectively). Leisure-time walking was found to be protective against preterm birth. CONCLUSIONS: Mild physical activity during the second trimester of pregnancy such as walking has an independent protective effect on low birth weight, preterm birth, and intrauterine growth restriction.


OBJETIVO: Analisar a relação entre atividade física durante o segundo trimestre de gestação e baixo peso ao nascer, prematuridade e restrição de crescimento intra-uterino. MÉTODOS: Estudo de caso-controle realizado no município de São Paulo, em 2005. Foram estudados 273 recém-nascidos de baixo peso e 546 controles. Dentre os casos foram selecionadas duas sub-amostras: 117 nascimentos pré-termo e 132 com restrição de crescimento intra-uterino (n=132) e seus respectivos controles. As informações foram obtidas mediante entrevistas com as puérperas e transcrição de dados dos prontuários. Foram realizadas análises de regressão logística múltipla condicional e hierarquizada. RESULTADOS: Foi identificado como fator de proteção para baixo peso ao nascer a realização de atividades leves por mais de sete horas diárias (ORaj:0,61; IC 95 por cento:0,39;0,94), para a qual identificou-se relação do tipo dose-resposta (p de tendência=0,026), e tendência similar na análise da restrição de crescimento intra-uterino (ORaj:0,51; IC 95 por cento:0,26;0,97). A realização de atividades domésticas associou-se como fator protetor tanto contra o baixo peso ao nascer quanto à prematuridade (p de tendência=0,013 e 0,035, respectivamente). Foi detectado efeito de proteção contra prematuridade para a caminhada no lazer. CONCLUSÕES: Atividades físicas leves, como caminhadas, durante o segundo trimestre de gestação exercem efeito protetor independente sobre o baixo peso ao nascer, a prematuridade e a restrição de crescimento intrauterino.


Assuntos
Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Retardo do Crescimento Fetal/prevenção & controle , Recém-Nascido de Baixo Peso , Atividade Motora/fisiologia , Nascimento Prematuro/prevenção & controle , Brasil , Estudos de Casos e Controles , Resultado da Gravidez , Segundo Trimestre da Gravidez , Fatores Socioeconômicos
14.
Rev. saúde pública ; 43(1): 35-43, Feb. 2009. graf, tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-503175

RESUMO

OBJETIVO: Estabelecer a evolução da prevalência de desnutrição na população brasileira de crianças menores de cinco anos de idade entre 1996 e 2007 e identificar os principais fatores responsáveis por essa evolução. MÉTODOS: Os dados analisados procedem de inquéritos "Demographic Health Surveys" realizados no Brasil em 1996 e 2006/7 em amostras probabilísticas de cerca de 4 mil crianças menores de cinco anos. A identificação dos fatores responsáveis pela variação temporal da prevalência da desnutrição (altura-para-idade inferior a -2 escores z; padrão OMS 2006) considerou mudanças na distribuição de quatro determinantes potenciais do estado nutricional...


OBJECTIVE: To describe the evolution of prevalence of under-nutrition among Brazilian underfives between 1996 and 2007, and to identify major factors responsible for this evolution. METHODS: Data analyzed are from two Demographic Health Surveys carried out in Brazil in 1996 and 2006/7 based on probabilistic samples of roughly 4 thousand children under five years of age. Identification of factors responsible for temporal variation in prevalence of under-nutrition (height-for-age below -2 Z-scores; WHO 2006 standard) took into account changes in the distribution of four potential determinants of nutritional status...


OBJETIVO: Establecer la evolución de la prevalencia de desnutrición en la población brasilera de niños menores de cinco años de edad entre 1996 y 2007 e identificar los principales factores responsables por esa evolución. MÉTODOS: Los datos analizados proceden de averiguaciones "Demographic Health Surveys" realizadas en Brasil en 1996 y 2006/7 en muestras probabilísticas de cerca de 4 mil niños menores de cinco años. La identificación de los factores responsables por la variación temporal de la prevalencia de la desnutrición (altura-para-edad inferior a 2 escores z; patrón OMS 2006) consideró cambios en la distribución de cuatro determinantes potenciales del estado nutricional...


Assuntos
Adolescente , Adulto , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Desnutrição/epidemiologia , Estado Nutricional , Estatura/fisiologia , Brasil/epidemiologia , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Inquéritos Epidemiológicos , Estado Nutricional/fisiologia , Distribuição de Poisson , Prevalência , Valores de Referência , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Adulto Jovem
15.
Cad. saúde pública ; 23(12): 2982-2992, dez. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-470199

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo descrever a distribuição das redes sociais e de apoio em idosos no Município de São Paulo, Brasil, por características sócio-econômicas e demográficas. Estudou-se amostra probabilística de 1.568 idosos (60 ou mais anos) da cidade de São Paulo (inquérito sobre Saúde, Bem-estar e Envelhecimento - SABE), focalizando-se as dimensões estruturais e funcionais das redes sociais. Para a análise dos dados utilizou-se a regressão logística simples e múltipla. As melhores condições nas redes sociais foram observadas nos menores patamares de renda e as piores entre os mais velhos e os "não casados". Para as mulheres, as chances de estarem "não casadas" aumentaram significativamente quanto pior era o seu nível educacional. O "status de coabitação" foi o que mais influenciou o apoio funcional, onde "morar só" aumentou significativamente as chances de não ocorrerem as trocas sociais. Os modelos de regressão logística múltipla construídos separadamente por gênero sugerem que idade, estado civil, renda per capita e escolaridade estão associados com as redes sociais entre os idosos. No entanto, essas relações manifestam-se de modos desiguais entre gêneros e entre as características sócio-demográficas para as diferentes dimensões da rede social.


This study aimed to describe the distribution of social support networks for the elderly in the City of São Paulo, Brazil, based on socioeconomic and demographic characteristics. A probability sample of 1,568 elderly persons (> 60 years) was studied (SABE query), focusing on structural and functional dimensions of social networks. Univariate and multiple logistic regression models were used to analyze the data. The best conditions in social networks were in the lowest income levels and the worst among older and unmarried people. For women, unmarried marital status was significantly associated with lower schooling. Cohabiting had the strongest influence on the functional dimension, while "living alone" significantly decreased the odds of social exchange. Multiple logistic regression by gender suggested that age, marital status, per capita income, and schooling were associated with social networks among elderly people. However, these relationships were expressed unevenly between the genders and depending on the socio-demographic characteristics of the different dimensions of the social support network.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Apoio Social , Condições Sociais , Relações Familiares , Saúde do Idoso , Brasil , Escolaridade , Fatores Socioeconômicos , Modelos Logísticos
16.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 6(1): 59-67, jan.-mar. 2006. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-432267

RESUMO

OBJETIVOS: analisar as características da moradia (tipos de piso, parede, teto, número de pessoas por cômodo, abastecimento d'água e esgotamento sanitário), como marcadores de risco de desnutrição segundo a relação altura/idade (<-2 scores-z do padrão do National Center for Health Statistics (NCHS) na área metropolitana do Recife (712 crianças), no interior urbano (684 crianças) e no meio rural (644 crianças), a partir do banco de dados da II Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição do Estado de Pernambuco (1997). MÉTODOS: utilizou-se a análise bivariada para estabelecer as associações de diversas características da moradia com o estado nutricional, utilizou-se tambem a análise de regressão logística múltipla para descartar as variáveis confundidoras, ajustar internamente os efeitos das associações e identificar os fatores que permanecem no modelo final de análise multivariada. RESULTADOS: as análises bivariadas evidenciam diferenças na identificação de marcadores de risco nos três espaços amostrais. Nas análises de regressão logística, apenas a relação "número de pessoas por cômodo" permanece como fator de risco da desnutrição, nos diferentes espaços geográficos avaliados. CONCLUSÕES: esses resultados traduzem situações que devem ser valorizadas no setor saúde, para melhor compreensão da problemática nutricional, bem como também de aspectos ligados à cidadania.


Assuntos
Transtornos da Nutrição Infantil , Habitação , Estado Nutricional , Condições Sociais , Modelos Logísticos , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
17.
Rev. saúde pública ; 37(1): 40-48, fev. 2003.
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-326402

RESUMO

OBJETIVO; Investigar a influência de fatores socioeconômicos e demográficos relativos à saúde, bem como os fatores ligados às atividades sociais e à avaliaçäo subjetiva da saúde sobre a capacidade funcional dos idosos. MÉTODOS: Estudo transversal, integrante de estudo multicêntrico, em amostra representativa do município de Säo Paulo, realizado em 1989. A capacidade funcional foi avaliada através da escala de atividades da vida diária pessoal e instrumental e investigada como variável dicotômica: ausência de dependência - incapacidade/dificuldade em nenhuma das atividades versus presença de dependência moderada/grave - incapacidade/dificuldade em 4 ou mais atividades. Análise de regressäo logística múltipla foi aplicada aos fatores hierarquicamente agrupados. RESULTADOS: As características que se associaram com a dependência moderada/grave foram analfabetismo, ser aposentado, ser pensionista, ser dona de casa, näo ser proprietário da moradia, ter mais de 65 anos, ter composiçäo familiar multigeracional, ter sido internado nos últimos 6 meses, ser "caso" no rastreamento de saúde mental, näo visitar amigos, ter problemas de visäo, ter história de derrame, näo visitar parentes e ter avaliaçäo pessimista da saúde ao se comparar com seus pares. CONCLUSOES: As características identificadas que se associaram à dependência moderada/grave sugerem uma complexa rede causal do declínio da capacidade funcional. Pode-se supor, entretanto, que açöes preventivas especificamente voltadas para certos fatores podem propiciar benefícios para o prolongamento do bem estar da populaçäo idosa


Assuntos
Humanos , Idoso , Idoso , Atividades Cotidianas , Envelhecimento/fisiologia , Aptidão Física , Fatores de Risco , Modelos Estatísticos , Saúde do Idoso
18.
Rev. saúde pública ; 34(6 Supl): 26-40, dez. 2000.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-274944

RESUMO

Objetivo: Resgatar a tendência secular da distribuiçäo do peso ao nascer na cidade de Säo Paulo, bem como examinar suas possíveis causas, com base em dados coletados por dois inquéritos domiciliares sobre condiçöes de saúde na infância realizados em 1984/85 e em 1995/96, complementados por informaçöes procedentes de levantamento de prontuários de maternidades e por informaçöes do Sistema Estadual de Declaraçöes de Nascidos Vivos. Métodos: Os inquéritos domiciliares estudaram amostras probabilísticas da populaçäo infantil de Säo Paulo com idade inferior a cinco anos (n=1.016 em 1984/85; n=1.280 em 1995/96). O levantamento de prontuários estudou uma amostra probabilística dos partos ocorridos nas maternidades da cidade no ano de 1976 (n=5.734). As declaraçöes de nascidos vivos referem-se às coortes de crianças nascidas na cidade entre 1993 e 1998 (cerca de 200 mil crianças por ano). O estudo da distribuiçäo social do peso ao nascer levou em conta a renda familiar per capita e a escolaridade materna. A estratégia analítica para estudar os determinantes da tendência secular do peso ao nascer empregou modelos hierárquicos de causalidade, análises multivariadas de regressäo e procedimentos análogos aos utilizados para calcular riscos atribuíveis populacionais. Resultados/Conclusöes: A distribuiçäo do peso ao nascer na cidade de Säo Paulo (media de 3.160g com 8,9 por cento de pesos < 2.500g) é inferior àquela esperada quando säo ótimas as condiçöes do crescimento fetal (média de 3.400-3.500g com cerca de 4-5 por cento de pesos < 2.500g). Essa distribuiçäo pouco se modificou nos últimos 22 anos (1976-1998). Entretanto, no período, há evidências de evoluçäo desigual do peso ao nascer segundo o nível sócio-econômico (NSE) da populaçäo. Nos estratos de baixo NSE, a evoluçäo tem sido favorável e isto se deve, aparentemente, ao melhor desempenho do crescimento intra-uterino, o qual poderia decorrer de melhorias em condiçöes econômicas, peso e altura das gestantes, assistência pré-natal e, possivelmente, do declínio no hábito de fumar. Nos estratos de alto NSE, a evoluçäo do peso ao nascer tem sido desfavorável devido, aparentemente, ao aumento na freqüência de recém-nascidos prematuros, tendência provocada por fatores ainda näo conhecidos


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Peso ao Nascer , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Epidemiológicos , Recém-Nascido Prematuro , Fumar , Estudos de Séries Temporais , Desenvolvimento Fetal , Escolaridade , Renda , Diagnóstico da Situação de Saúde em Grupos Específicos , Fatores Epidemiológicos
19.
Rev. saúde pública ; 34(6 Supl): 83-90, dez. 2000. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-274949

RESUMO

Objetivo: Estimar a prevalência e a distribuiçäo social da doença diarréica na infância, estabelecer a tendência secular dessa enfermidade e analisar sua determinaçäo, através dos dados coletados por dois inquéritos domiciliares realizados na cidade de Säo Paulo, SP, em 1984/85 e 1995/96. Métodos: Os inquéritos estudaram amostras probabilísticas da populaçäo residente na cidade com idades entre zero e 59 meses (1.016 em 1984/85 e 1.280 em 1995/96). Nos dois inquéritos foram estimadas a prevalência instantânea da diarréia (proporçäo de crianças com três ou mais evacuaçöes líquidas no dia da entrevista domiciliar) e a incidência anual de internaçöes hospitalares pela doença. Esses dois indicadores foram calculados a partir de entrevistas domiciliares feitas por médicos pediatras e respondidas pelas mäes das crianças. Nos dois inquéritos, as entrevistas foram distribuídas ao longo de um período de cerca de 12 meses, de modo a garantir uma varredura uniforme das várias áreas da cidade ao longo das quatro estaçöes do ano. O estudo da distribuiçäo social da doença diarréica levou em conta tercis da renda familiar per capita em cada um dos inquéritos. A estratégia analítica para estudar os determinantes da evoluçäo da prevalência da doença na populaçäo empregou modelos hierárquicos de causalidade, análises multivariadas de regressäo e procedimentos análogos aos utilizados para calcular riscos atribuíveis populacionais. Resultados/Conclusöes: Houve entre os inquéritos reduçöes expressivas na prevalência instantânea da diarréia (de 1,70 por cento para 0,90 por cento) e na incidência anual de hospitalizaçöes pela doença (de 2,21 para 0,79 internaçöes por 100 crianças-ano). O declínio desses indicadores foi mais intenso no terço mais pobre da populaçäo, o que contribuiu para reduzir a desigualdade social quanto a ocorrência da doença. Melhorias no poder aquisitivo das famílias e na cobertura da rede pública de abastecimento de água justificariam parte considerável do declínio na prevalência da diarréia, havendo ainda indicaçäo de que, entre crianças menores de dois anos, esse declínio possa ter sido favorecido por um aumento discreto na freqüência da amamentaçäo


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Diarreia Infantil/epidemiologia , Inquéritos Epidemiológicos , Saneamento Urbano , Aleitamento Materno , Saneamento/tendências , Estudos de Séries Temporais , Estudos Transversais , Escolaridade , Renda , Diagnóstico da Situação de Saúde em Grupos Específicos , Fatores Socioeconômicos , Hospitalização
20.
Rev. saúde pública ; 34(6 Supl): 91-101, dez. 2000.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-274950

RESUMO

Objetivo: Estimar a prevalência e a distribuiçäo social da doença respiratória na infância, estabelecer a tendência secular dessa enfermidade e analisar sua determinaçäo, com base nos dados coletados por dois inquéritos domiciliares realizados na cidade de Säo Paulo, SP, em 1984/84 e 1995/96. Métodos: Os inquéritos estudaram amostras probabilísticas da populaçäo residente na cidade com idades entre zero e 59 meses (1.016 em 1984/85 e 1.280 em 1995/96). Nos dois inquéritos estimou-se a prevalência instantânea da doença respiratória alta (acima da epiglote) e da doença respiratória baixa com e sem chiado à ausculta pulmonar. A ocorrência da doença respiratória foi aferida por exames clínicos realizados em dias aleatórios, nos próprios domicílios das crianças, por médicos pediatras devidamente treinados e padronizados quanto ao diagnóstico da doença. Os exames clínicos incluíam a anamnese do dia, antecedentes de doença respiratória e o exame físico completo da criança, incluindo inspeçäo da oro-faringe, otoscopia e ausculta pulmonar. Resultados/Conclusöes: Houve entre os inquéritos aumentos expressivos na prevalência instantânea da doença respiratória alta (de 22,2 por cento para 38,8 por cento) e da doença respiratória baixa com e sem chiado (de 6,0 por cento para 10,0 por cento e de 0,8 por cento para 2,8 por cento, respectivamente). No caso da doença alta e da doença baixa sem chiado, o aumento é generalizado nos vários estratos sociais, o que näo altera, no período, a situaçäo discretamente menos favorável dos estratos de menor renda. No caso da doença baixa com chiado, o aumento se restringe aos estratos de renda baixa e intermediária, sendo particularmente intenso no estrato de menor renda, o que determina o surgimento de uma forte relaçäo inversa entre a doença e a renda familiar. Mudanças positivas em determinantes distais das doenças respiratórias (renda familiar e escolaridade materna) e em variáveis relacionadas à salubridade das moradias justificariam declínio modesto, e näo aumento, das doenças respiratórias na cidade. O aumento na freqüência a creches, observado no período, poderia contrabalançar o efeito positivo das melhorias em variáveis sócio-econômicas e ambientais, mas näo seria suficiente para justificar o aumento das doenças respiratórias na cidade


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Doenças Respiratórias/epidemiologia , Inquéritos Epidemiológicos , Creches , Saneamento/tendências , Estudos de Séries Temporais , Prevalência , Estudos Transversais , Escolaridade , Renda , Criança , Diagnóstico da Situação de Saúde em Grupos Específicos , Doenças Respiratórias/diagnóstico , Fatores Socioeconômicos , Poluição do Ar
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